em meio à obscenidade das cruzes
um olho se arregala
do azul nascem pássaros
a tangenciar voos partidos
crianças saltam do sono
para a mira de fuzis
mulheres tecem toucas
para bonecas sem cabeças
tiros sangue sirenes
escorrem entre dedos cruzados
vida exaurida de desânimos
soluça entre vazios e procissões
aos ouvidos da noite
resta o grasnar do corvo de poe.