sem tato cor e olfato
esqueletos rendem-se
ao escárnio
aos humores da lua
lençóis d’água
se incendeiam
entorpecendo esquinas
do sexo
no fundo tudo são ossos
a vender-se
em abundantes “QR Codes”
sob a ironia de um céu
de indiferenças.
a cidade
dorme devendo
muito mais
que uma chuva fina
sobre o fogo nas “gazas”
do capitalismo
a cidade dorme devendo
abrir portas às diferenças.